Técnico em Guia de Turismo

Objetivo geral

Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados.

 

Objetivos específicos

  • Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que estimule o aprimoramento contínuo.
  • Estimular alunos por meio de situações de aprendizagem e atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas.
  • Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para a resolução de problemas.
  • Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das competências, possibilitando a todos os envolvidos no processo educativo a verificação da aprendizagem.
  • Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para a consolidação do domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.

Justificativa

O mercado turístico brasileiro segue sendo um dos segmentos da economia que mais movimenta recursos, tanto por conta da criação de postos de trabalho diretos e indiretos quanto pelo impacto e outros setores econômicos que oferecem serviços e produtos como suporte à atividade turística. De acordo com dados do Ministério do Turismo (MTur)[1], o setor cresceu 36,9% em 2022, alavancado principalmente pelos serviços de transporte e hospedagem.  

O período de retomada da economia brasileira após a pandemia do covid-19 indica um incremento na oferta de serviços turísticos, e por consequência um aumento na demanda por mão de obra especializada, sendo que, desde outubro de 2020, mais de 529 mil vagas foram criadas[2], repondo as vagas eliminadas durante a primeira fase da pandemia.  

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)[3], até maio de 2023 o Brasil registrou receita de R$ 36,12 bilhões no mercado turístico, o maior patamar desde 2014. A empregabilidade no setor também está em crescimento, com mais de 9,6 mil postos de trabalho entre janeiro e maio de 2023. Entre essas oportunidades de trabalho está a do guia de turismo, que é o profissional responsável pelo acolhimento, a orientação e a execução de grande parte dos serviços solicitados dentro de um pacote ou roteiro de viagem, conectando o turista aos serviços contratados.  

Contudo, as novas configurações do turismo vêm transformando a maneira de ofertar e criar produtos turísticos: consumidores mais exigentes e qualificados para as experiências de viagem, serviços mais conectados às tecnologias e destinos turísticos inteligentes demandam um novo perfil de guia de turismo. A necessária atualização do currículo de formação profissional atende a essas novas demandas, possibilitando um condutor de grupos com um desenvolvimento mais apurado para as competências técnicas de guiamento, novos olhares para os territórios e espaços turísticos, a fim de participar mais ativamente na construção da experiência no roteiro, e mais preparado para lidar com a complexidade das relações interpessoais dos diversos perfis de viajantes contemporâneos.  

Dessa forma, o curso foi elaborado visando o desenvolvimento de competências que estejam alinhadas com um guia de turismo que tem análise crítica na criação e execução de roteiros e itinerários, autonomia intelectual na pesquisa e organização de informações, sem deixar de lado a visão humanística e sustentável para a articulação entre o mercado e os territórios.  

 

[1] BRASIL. Ministério do Turismo. Disponível em:  https://www.gov.br/pt-br/noticias/viagens-e-turismo/2022/11/turismo-acumula-alta-de-36-9-em-2022. Acesso em: 16 ago. 2023.

[2] CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO (CNC).  Disponível em: https://cnc.portaldocomercio.org.br/arquivos-panorama-do-turismo?utm_campaign=panorama_do_turismo_-_jul23&utm_medium=email&utm_source=RD+Station. Acesso em: 16 ago. 2023.

[3] CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO (CNC).  Disponível em: https://cnc.portaldocomercio.org.br/arquivos-panorama-do-turismo?utm_campaign=panorama_do_turismo_-_jul23&utm_medium=email&utm_source=RD+Station. Acesso em: 16 ago. 2023.

Perfil do Pessoal, Docente e Técnico

O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com os perfis profissionais a seguir.

 

Unidades curriculares 1 e 7*

Habilitação técnica em guia de turismo ou ensino superior em turismo, hotelaria ou áreas afins. Preferencialmente com experiência profissional em docência e guiamento turístico.

* Obs: na UC 7, para atender aos elementos da competência relacionados aos primeiros-socorros:

docente com ensino superior em enfermagem, áreas afins ou bombeiro com curso superior completo.

 

Unidade curricular 2

Habilitação técnica em guia de turismo ou ensino superior em turismo, hotelaria, comunicação ou áreas afins. Preferencialmente com experiência profissional em expressões idiomáticas em inglês, espanhol e libras aplicadas ao turismo.

 

Unidade curricular 3

Habilitação técnica em guia de turismo ou ensino superior em turismo, hotelaria ou áreas afins. Preferencialmente com experiência profissional em mediação de grupos.

 

 

Unidade curricular 4

Habilitação técnica em guia de turismo regional e de excursão nacional credenciado no Ministério do Turismo, dentro da validade. Preferencialmente com experiência profissional em docência e guiamento turístico.

 

Unidades curriculares 5 e 6

Habilitação técnica em guia de turismo ou ensino superior em turismo, hotelaria, história, geografia ou áreas afins. Preferencialmente com experiência profissional em docência e guiamento turístico, com especialização em história ou áreas afins.

 

Unidade curricular 8

Habilitação técnica em guia de turismo regional credenciado junto ao Ministério do Turismo, dentro da validade. Preferencialmente com experiência profissional em docência e guiamento turístico.

 

Unidade curricular 9

Habilitação técnica em guia de excursão nacional, credenciado ao Ministério do Turismo, dentro da validade.  Preferencialmente com experiência profissional em docência e guiamento turístico.

Quando houver oferta a distância, o Departamento Regional sede responsável pela oferta do curso definirá o perfil do tutor.

Orientações Metodológicas

As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a proposta pedagógica do Senac, são pautadas pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo.

As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno diante de situações de aprendizagem que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação.

A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e o contexto da ocupação.

As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das marcas formativas “colaboração e comunicação”, “visão crítica”, “criatividade” e “atitude empreendedora”. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que apresenta e histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira em curto, médio e longo prazos; e iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.

Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento.

No que se refere às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI, o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos).

Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Nesse sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.

No que diz respeito à apresentação dos resultados, o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das marcas formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do projeto integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com o intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido.

O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são marcas formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho.

Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências.

Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das marcas formativas, com atenção especial às possibilidades que o projeto integrador pode oferecer.  

 

Orientações metodológicas específicas por unidade curricular

 

UC 1: Planejar roteiros e itinerários turísticos.

Para esta UC, recomenda-se aos docentes que os alunos façam simulações práticas de criação de roteiros. Essas simulações devem contemplar aspectos culturais, atrativos locais e as necessidades variadas dos turistas, permitindo uma abordagem hands-on ao planejamento turístico. Adicionalmente, sugere-se a análise de estudos de caso de roteiros reais e a organização de rodas de conversa com profissionais do ramo. Essas ações proporcionarão uma perspectiva realista e aprofundada sobre a profissão de guia de turismo, sublinhando sua importância e as especificidades dentro da cadeia produtiva do turismo.

UC 2: Elaborar estratégias de comunicação na condução de visitantes.

Sugere-se a adoção de metodologias ativas, como simulações de situações reais com o uso de ferramentas audiovisuais, a fim de fortalecer a construção de narrativas e a familiaridade com termos técnicos e expressões idiomáticas. Integrando inclusão, é imperativo incorporar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) no processo, incentivando a pesquisa e a prática de termos turísticos essenciais. O docente deve interligar intencionalmente essas atividades às marcas formativas, com ênfase para a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora e a atitude sustentável.

UC 3: Criar ambientes colaborativos entre turistas, comunidade e fornecedores

Sugere-se a combinação de simulações, discussões e reflexões sobre diversidade, inclusão e ética profissional alinhadas à legislação. Para consolidar a prática inclusiva, os materiais de apoio do Ministério do Turismo, focados em grupos específicos, como idosos, deficientes e LGBTQIA+, são essenciais. Assim, os alunos são incentivados a adotar uma postura humanizada e acolhedora frente a conflitos, recorrendo à mediação e aplicando técnicas de comunicação aprendidas anteriormente, visando soluções éticas e equilibradas para desafios do cotidiano do guia de turismo. (BRASIL, Ministério do Turismo (MTUr). Dicas para atender bem turistas idosos; Dicas para atender bem turistas com deficiência; Dicas para atender bem turistas LGBT. In: Turismo responsável. Brasília: MT, 2016. Disponível em: https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/publicacoes/turismo-responsavel. Acesso em 30 de jul. 2021.

UC 4: Conduzir turistas na realização de roteiros e itinerários.

Recomenda-se a combinação de estudos de caso com simulações práticas, priorizando a vivência dinâmica da profissão. É crucial enfatizar a inclusão e a diversidade, garantindo que os alunos estejam aptos a atender a variedade de turistas, de idosos a indivíduos LGBTQIA+. Workshops com especialistas podem ampliar o repertório dos estudantes sobre ética e legislação. É recomendado integrar competências já desenvolvidas, promovendo atividades adaptativas para estimular liderança e autonomia. Finalmente, estudos de campo em locais turísticos proporcionarão experiências valiosas, observando profissionais e talvez conduzindo grupos de colegas sob supervisão.

UC 5: Prestar informações históricas, geográficas, artísticas, culturais e naturais no contexto regional.

Recomenda-se que o docente adote metodologias ativas no desenvolvimento desta competência, podendo incluir estudos de caso centrados no aluno, pesquisas colaborativas e simulações de guiamento. Ao correlacionar essas atividades com as marcas formativas, o aluno é imerso em experiências práticas que refletem sua futura atuação profissional. Além disso, aulas dialogadas em espaços como locais históricos, culturais, naturais, internos ou externos, combinadas com práticas narrativas e mediações, podem mobilizar as técnicas de comunicação previamente adquiridas. O incentivo à pesquisa crítica, variada e extensa podem assegurar que os alunos proporcionem informações autênticas e adaptadas às demandas dos turistas.

UC 6: Orientar turistas em roteiros nacionais e na América do Sul.

Recomenda-se o uso de aulas expositivo-dialogadas e interativas com abordagem temática aplicadas ao guiamento, além de aulas em campo, como visitas técnicas em espaços históricos, culturais, artísticos e naturais, além da realização de simulações de guiamentos em espaços fechados e públicos e de procedimentos de fronteiras e alfandegário. As metodologias ativas também são recomendadas, em especial a aprendizagem baseada em problemas, em que se sugere que os alunos explorem e analisem as peculiaridades dos roteiros nacionais e sul-americanos

É fundamental que o docente proponha atividades que propiciem o desenvolvimento do senso crítico a partir dos questionamentos levantados nas pesquisas empreendidas, adquirindo o hábito de fazer pesquisas aprofundadas e em diversas fontes, a fim de buscar informações qualificadas para a elaboração de mediações e narrativas.

UC 7: Prestar assistência ao turista.

Usando metodologias ativas, como simulações de cenários reais e aprendizagem baseada em problemas, recomenda-se que o docente instigue os alunos a analisar e resolver dilemas frequentes na assistência ao turista. Essas práticas, combinadas com o entendimento sobre segurança em viagens, primeiros socorros e uso de ferramentas/documentos de viagem, podem ajudar na consolidação da compreensão e da prática das estratégias ideais de assistência. Recomenda-se que o docente dê ênfase às marcas formativas “visão crítica”, “colaboração e comunicação” e a “criatividade e atitude empreendedora”, visto que são cruciais para garantir uma assistência rápida, humanizada, dentro dos padrões éticos e respeitando as relações comerciais e a legislação.

UC 8: Prática profissional de guia regional

Nesta unidade curricular, city tours e viagens-laboratório devem ser realizados para propiciar a vivência prática da profissão. Segundo as diretrizes institucionais do Senac, para a formação profissional em guia de turismo é considerada imprescindível a realização de ao menos as seguintes práticas profissionais com presença obrigatória:

  • um city tour;
  • uma viagem intermunicipal;

Para as viagens técnicas, é obrigatória a contratação de guia de turismo credenciado junto ao Ministério do Turismo com a devida categoria de habilitação, caso o docente acompanhante não tenha a referida formação e credenciamento de acordo com o art. 3º da portaria nº 37, de 11 de novembro de 2021.

Nesse sentido, as atividades práticas caracterizam o momento em que os alunos vão vivenciar in loco os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, sendo organizadas e executadas pelos alunos sob a supervisão dos docentes.

A realização de cada prática deve ser composta pelas seguintes etapas, considerando a carga horária necessária a esta execução:

  • planejamento da viagem;
  • viagem técnica;
  • devolutiva da viagem.

Todos os momentos acima são de presença obrigatória pelo aluno, pois constituem parte integrante da prática. Durante a execução da prática, cada aluno deverá ter atribuições técnicas, atuando como guia experimental durante o roteiro da atividade. Todos os alunos envolvidos serão avaliados pelo docente responsável pela prática. Cada uma das viagens terá sua própria avaliação.

Sugere-se a criação de um documento de conduta para ciência do aluno sobre suas responsabilidades e a postura esperada na realização da prática avaliativa.

Sugere-se que as práticas profissionais sejam documentadas por meio de atas, fotografias, lista de presença, projetos, entre outras formas.

Recomenda-se que cada Departamento Regional defina se as despesas com as visitas técnicas obrigatórias são assumidas pelos alunos ou se estão inclusas no valor do curso (embutidas nas parcelas de pagamento do curso). Caso a oferta do curso esteja vinculada a um programa específico, é necessário atender às diretrizes requeridas.

UC 9: Prática profissional de guia de excursão nacional

Nesta unidade curricular, viagens-laboratório devem ser realizadas para propiciar a vivência prática da profissão. Segundo as diretrizes institucionais do Senac, para a formação profissional em guia de turismo é considerada imprescindível a realização de ao menos as seguintes práticas profissionais com presença obrigatória:

  • uma viagem interestadual com pernoite;
  • Um procedimento de aeroporto, incluindo prioritariamente a realização de uma viagem aérea ou, na impossibilidade de fazê-la, a realização de visitas técnicas que incluam a simulação de procedimentos de embarque e desembarque, por se tratar de uma atividade essencial para a formação do técnico em guia de turismo.

Para as viagens técnicas, é obrigatória a contratação de guia de turismo credenciado junto ao Ministério do Turismo com a devida categoria de habilitação, caso o docente acompanhante não tenha a referida formação e credenciamento de acordo com o art. 3º da portaria nº 37, de 11 de novembro de 2021.

Nesse sentido, as atividades práticas caracterizam o momento em que os alunos vivenciarão in loco os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, sendo organizadas e executadas pelos alunos sob a supervisão dos docentes.

A realização de cada prática deve ser composta pelas seguintes etapas, considerando a carga horária necessária a esta execução:

  • planejamento da viagem;
  • viagem técnica;
  • devolutiva da viagem.

Todos os momentos acima são de presença obrigatória pelo aluno, pois constituem parte integrante da prática. Durante a execução, cada aluno deverá ter atribuições técnicas, atuando como guia experimental durante o roteiro da atividade. Todos os alunos envolvidos serão avaliados pelo docente responsável pela prática. Cada uma das viagens terá sua própria avaliação.

Sugere-se a criação de um documento de conduta para ciência do aluno sobre suas responsabilidades e a postura esperada na realização da prática avaliativa.

Sugere-se que as práticas profissionais sejam documentadas por meio de atas, fotografias, lista de presença, projetos, entre outras formas.

Recomenda-se que cada Departamento regional defina se as despesas com as visitas técnicas obrigatórias são assumidas pelos alunos ou se estão incluídas no valor do curso (embutidas nas parcelas de pagamento do curso). Caso a oferta do curso esteja vinculada a um programa específico, é necessário atender às diretrizes requeridas.

UC 10: Projeto Integrador Guia de Turismo

Nesta UC, recomenda-se que o docente utilize diversas estratégias, como estudos de caso de destinos turísticos ou situações vivenciadas por guias, brainstorming e mapas conceituais para identificar nichos e oportunidades no turismo. Sugere-se a utilização da metodologia ativa de aprendizagem baseada em projetos, em que os alunos podem criar e adaptar roteiros turísticos, utilizando os diários de bordo que permitem introspecção sobre experiências e interações com turistas. Na fase prática, sugerem-se as simulações de visitas e a prototipagem de propostas inovadoras de roteiros. A trajetória é concluída com apresentações interativas de roteiros e ações desenvolvidas, e como sugestão de consolidação do aprendizado, o desenvolvimento de portfólios digitais, destacando a jornada de cada aluno e seu preparo para o mercado de trabalho. É fundamental que o aluno seja incentivado a olhar para seus interesses pessoais, conhecimentos prévios, suas experiências de vida e formações anteriores para ser provocado a refletir a respeito das possibilidades de atuação, unindo seus saberes e suas habilidades com a atuação profissional de guia de turismo.

Avaliação

De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem os objetivos a seguir.

  • Ser diagnóstica: averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, dos indicadores e dos elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente.
  • Ser formativa: acompanhar todo o processo de desenvolvimento das competências propostas neste plano, constatando se o aluno está apto a avançar para a próxima etapa, e, se necessário, realizar ajustes no planejamento para otimizar o processo de ensino-aprendizagem.
  • Ser somativa: atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem foram alcançados e as competências foram desenvolvidas com êxito e verificar se ele está apto a receber seu certificado ou diploma.

8.1. Forma de expressão dos resultados da avaliação

  • Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizado para os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da unidade curricular/curso).
  • As menções adotadas no Modelo Pedagógico Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.
  • De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem.

8.1.1. Menção por indicador de competência

A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:

Durante o processo

  • Atendido – A
  • Parcialmente atendido – PA
  • Não atendido – NA

 

Ao final da unidade curricular

  • Atendido – A
  • Não atendido – NA

8.1.2. Menção por unidade curricular

Ao término de qualquer unidade curricular (competência, estágio, prática profissional, prática integrada ou projeto integrador) estão as menções relativas a cada indicador. Caso algum dos indicadores não seja atingido em uma UC, o aluno será considerado reprovado naquela unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da unidade curricular. As menções possíveis para cada uma são:

  • Desenvolvida – D
  • Não desenvolvida – ND

8.1.3. Menção para aprovação no curso

Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares.

Além da menção D, o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas:

  • Aprovado – AP
  • Reprovado – RP

8.2. Recuperação

A recuperação ocorrerá imediatamente à constatação das dificuldades do aluno, podendo ser propostas atividades como resolução de problemas, estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.

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