Neurociência em Sala de Aula: entenda como essa área pode ser uma aliada do processo de aprendizagem
Em entrevista para o Senac Alagoas, o pedagogo e psicanalista Eduardo Barsi deu dicas práticas sobre o assunto e debateu sua importância para a educação.
Ascom - Senac/AL
Por que alguns alunos parecem aprender com mais facilidade do que outros? Como manter a atenção em tempos de tela? E como lidar com os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem na mesma turma? A resposta para essas e tantas outras perguntas está em um único lugar: no cérebro humano.
Quem afirma isso é o psicanalista e pedagogo, Eduardo Barsi, um dos palestrantes no 1º Congresso Interconectivo de Educação do Senac Alagoas. Para ele, é preciso aplicar a neurociência no ambiente escolar como uma nova forma de abordagem educacional, que acontece a partir de descobertas de como o cérebro humano aprende e, por meio desse conhecimento adquirido, como é possível desenvolver técnicas inovadoras baseadas em evidências comprovadas.
“A neurociência nos ajuda a entender como o cérebro aprende, fixa memórias, trabalha a atenção, lida com emoções e reage a estímulos. São descobertas científicas que não podemos mais ignorar dentro das escolas”, afirma Barsi.
Da teoria para a prática: o que muda na sala de aula?
Engana-se quem pensa que para aplicar a neurociência é preciso ter tecnologia ou equipamentos sofisticados. Segundo Barsi, o ponto de partida é simples: mostrar aos docentes, por meio de programas de formações continuadas, como ocorre o processo de assimilação das informações pelo cérebro. Além disso, também é preciso explorar formas de trabalhar suas funções executivas (memória de trabalho, controle inibitório - autocontrole - e flexibilidade cognitiva) por meio de estratégias direcionadas de ensino.
De acordo com o psicanalista, são quatro os pilares da aprendizagem apresentados pela neurociência no âmbito educacional: atenção, envolvimento ativo, feedback de erros e consolidação. “A partir dessa base, é possível explorar várias técnicas da aprendizagem. Se pegarmos o pilar da consolidação, por exemplo, entendemos como explorar um único tema de diversas formas, em diversas situações problemas e em diversos cenários, com apresentações orais e visuais, construções de mapas mentais, e assim esse conhecimento é consolidado pelo cérebro”, explicou ele.
Esses elementos, quando bem trabalhados, resultam em práticas pedagógicas mais eficazes e significativas. “Então, a neurociência afirma que a maneira com qual usamos uma informação e aplicamos ela de diversas formas, em diferentes situações, estimula o cérebro para que ele entenda que aquela ideia é importante. E é a partir daí que a informação se torna conhecimento consolidado”.
O papel das instituições de educação
Além do desempenho acadêmico, entender como o cérebro funciona também favorece o desenvolvimento socioemocional dos alunos. Trabalhar as Funções Executivas desde a educação infantil ajuda as crianças a se autorregularem melhor, lidarem com frustrações e se manterem mais concentradas. Isso reflete diretamente em comportamentos mais equilibrados e na redução da evasão escolar.
Para Barsi, “o Senac Alagoas vem se destacando nesse movimento ao promover o Congredu e ao fomentar o assunto em seus debates e formações docentes. É isso que precisa ser feito em todas as escolas, incentivar os professores a investigarem, experimentarem, compartilharem e divulgarem as descobertas uns com os outros sobre o que funciona de forma visível ou não”, defende Barsi.
Aprenda mais sobre a neurociência
Quer aprender mais cobre como aplicar a neurociência na sala de aula? Inscreva-se no 1º Congresso Interconectivo de Educação do Senac Alagoas, o Congredu 2025. Realizado nos dias 21 e 22 de agosto, no Centro de Convenções de Maceió, o evento promete unir educação, conexões e transformação, ao compartilhar conhecimento e insights sobre como a educação pode ser um agente de mudança no mundo.
Garanta já a sua participação no site: https://congredu.com.br/. Para mais informações, entre em contato pelo número: (82) 2122.7858 (telefone e whatsapp).