Sistema Fecomércio recebe a visita de embaixadores austríacos
País europeu busca abrir diálogos para relações comerciais voltadas à economia verde.
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Ascom - Fecomércio/AL
O desenvolvimento econômico de Alagoas despertou o interesse comercial da Áustria e trouxe, à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio AL), nesta quinta-feira (13.2), os embaixadores Stefan Scholz e Angelika Scholz, a cônsul honorária Débora Buarque e o vice-cônsul honorário Pedro Cerqueira, que foram recebidos pelo vice-presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac Alagoas, Valdomiro Feitosa.
O objetivo da visita foi buscar o apoio da Fecomércio na aproximação entre empresários alagoanos e austríacos. A ideia surgiu a partir das relações comerciais já existentes em contratos públicos firmados entre o país e o estado nordestino, inspirando um maior estreitamento comercial também na iniciativa privada. “Oportunidades surgiram em meio ao rápido desenvolvimento do seu estado, que eu gostaria de conhecer melhor. A modernidade das reuniões de negócios exige um canal de diálogo constante para alavancar os desafios e as oportunidades únicos enfrentados pelas empresas austríacas e brasileiras”, afirmou Stefan Scholz. Ele disse que as empresas austríacas precisam de ajuda para gerir os riscos envolvidos nas parcerias com governos estrangeiros, os quais são relacionados à estrutura de mercado, à dimensão e à duração dos contratos e às tomadas de decisões.
Ainda de acordo com o embaixador, três desenvolvimentos estão mudando a perspectiva do país europeu sobre o Brasil: a transição energética na Europa, que exige o acesso a combustíveis alternativos e a créditos de carbono de preços acessíveis; a descarbonização que o Brasil tem a oferecer como oportunidades de investimento para o país europeu; e o programa de aceleração do crescimento do presidente Lula na área de infraestrutura. “Estou confiante de que a minha visita abrirá vias para o diálogo sobre a transição para uma economia verde”, arrematou.
O vice-presidente Valdomiro Feitosa colocou à infraestrutura do Sistema à disposição do consulado e reconheceu o potencial alagoano. “É um estado que tem de tudo. Pode até não estar usando todo o seu potencial, mas é um Estado que vem diversificando sua produção”, falou.
Aproximação pode ser revertida em benefícios aos setores representados
Para a Fecomércio, o encontro desta manhã foi positivo. A entidade representa setores que movimentam cerca de 72% do PIB do estado e essa aproximação pode ser revertida em benefícios a estas representados que, em números, significam 129,17 mil empresas, sendo 107 mil optantes Simples Nacional e 22 em outros regimes tributários. O varejo absorve 61 mil estabelecimentos, enquanto o atacado tem 2.842 empresas; representações, 1.707 mil; serviços, também 61 mil; e turismo, 2.650. “No turismo, o número é menor porque a separação é diretamente no CNAE que representa esse setor, mas a soma de muitas empresas que estão no segmento do serviço contribui para esse ecossistema. Então o turismo hoje é uma das principais molas pujantes do desenvolvimento de nosso Estado”, ressaltou o superintendente da Fecomércio/AL, Allan Souza.
Todo esse potencial do setor, reforçado pelas atuações do Sesc e do Senac foram oferecidos para, considerando a necessidade e os interesses austríacos, direcionar cooperações futuras. Por isso, as atuações dessas atividades foram apresentadas. “Nós temos a missão de promover ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio e de seus dependentes. Nós conseguimos chegar até eles através dos segmentos que, muitas vezes, eles não têm acesso”, observou a diretora interina do Sesc, Natália Bakker, ao lembrar que a instituição atua nas áreas de assistência, saúde, educação, cultura e lazer.
Já o Senac falou sobre alguns de seus projetos e sobre a missão de capacitar a mão de obra para a geração de emprego e renda. “O Senac trabalha com a qualificação profissional e, dentro desse viés, com o Programa Senac de Gratuidade, consegue chegar onde o poder público muitas vezes não consegue atuar. Com nosso trabalho, revertemos a contribuição de 1% do empresariado em capacitação para o setor”, disse a gerente administrativa do Senac, Daniela Gaia, acrescentando que, por meio do nosso Banco de Oportunidades, a instituição insere essa mão de obra no mercado.
Participaram da reunião o encontro o diretor administrativo da Fecomércio, José Antônio Vieira; o presidente do conselho fiscal da entidade, José Carlos Medeiros; o assessor jurídico, Pedro Leão; a assessora legislativa, Cláudia Pessôa; e o gerente administrativo, Marcos Lôbo.