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Costureiro

Costureiro

Turma - 2025.3.116

PRESENCIAL

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De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) há, no Brasil, um grande potencial de expansão das exportações da indústria têxtil e de confecção. O país representa a quinta e a quarta maior produção mundial dos setores, respectivamente, gerando 1,7 milhão de empregos diretos, dos quais 75% são mulheres . Em 2017, o total de contratações realizadas pela indústria de transformação no país, no período de janeiro a julho, correspondeu a 21,6 mil postos de trabalho com carteira assinada .
Ao mesmo tempo em que cresce a presença dos importados no abastecimento do mercado brasileiro, o que representa uma ameaça à competitividade da indústria brasileira, dentro e fora do país , o segmento de vestuário estima que até 2025, sejam criados mais de 300 mil postos de trabalho em resposta às demandas das mais de 30 mil indústrias têxteis nacionais, aumentando assim, as exportações, os postos de trabalho e o faturamento .
De acordo com o contexto apresentado o costureiro ocupa importante espaço na cadeia produtiva, seja em ateliês ou grandes confecções, podendo, ainda, exercer o ofício em casa ou atendimento em domicílio. Para quem pretende ingressar na profissão ou já se encontra atuando é, portanto, imprescindível investir em qualificação, haja vista que, além das técnicas de costura, é necessário se relacionar com clientes e fornecedores, buscando atender e antecipar diferentes demandas. Isto justifica a oferta da qualificação profissional de Costureiro, pelo Senac, de forma a desenvolver profissionais que atuem com competência, com foco em resultados e na prestação de serviços com qualidade e sustentabilidade. 

O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com experiência profissional comprovada em corte e costura de peças do vestuário feminino, masculino e infantil e, formação técnica e/ou superior em Moda ou áreas afins. Preferencialmente com experiência e/ou formação em docência. 

As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo.



As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação.



A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação.



As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.



Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento.



No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos).



Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.



No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido.



O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho.




Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências.



Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer.  




 



A profissão de Costureiro irá demandar grande capacidade de comunicação com clientes, fornecedores e outros profissionais da área, além de habilidade motora para a execução das peças, organização dos processos de trabalho e o interesse por moda. Dessa forma, as Unidades Curriculares deverão destinar a maior parte de sua carga horária para a realização de atividades que favoreçam a dinâmica ação-reflexão-ação.



As tabelas abaixo trazem sugestões de peças básicas, que devem ser trabalhadas durante o curso e peças complementares que podem ser desenvolvidas caso haja tempo hábil. A intenção é que o aluno costure diversos modelos e pratique diferentes técnicas. Recomenda-se a elaboração de, no mínimo seis (6) peças básicas, sendo uma peça de cada modelo apresentado. E, no mínimo, três (3) peças complementares, sendo uma peça de cada modelo.



Quando houver laboratório montado com máquinas industriais é necessário uma (1) máquina para cada 4 alunos (utilizada para pontos zigue-zague, caseados de botões, etc.).



 



Peças Básicas



Feminino



Saia reta, com cós reto e zíper invisível



Saia evasê, no viés, com revel e zíper invisível



Calça, com zíper de braguilha, bolso faca e barra italiana



Masculino



Camisa, com pala dupla, carcela nas mangas, gola e pé-de-gola



Infantil



Shorts infantil, com elástico na cintura



Vestido infantil, com manga, franzido na cintura e revel



 



Peças Complementares



Feminino



Camisa com gola esporte, revel e fenda lateral



Vestido com recortes, forro e zíper invisível



Masculino



Bermuda jeans, com zíper de braguilha e bolso chapado.



 



 



Como as turmas são formadas por públicos diversos e compreendendo que cada aluno apresenta características diferenciadas, é importante que o docente respeite o tempo necessário para o desenvolvimento da competência e possa realizar um acompanhamento individualizado dos alunos.



Destaca-se ainda a necessidade de tornar o curso acessível às pessoas com deficiência, atendendo às necessidades específicas de cada aluno.



 



Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 1: Organizar o ambiente e os processos de trabalho



O docente deverá promover situações de aprendizagem que considerem a realidade da profissão de Costureiro em seu local de trabalho e que privilegiem a contextualização, identificando os elementos relativos ao trabalho a ser executado, bem como os cuidados básicos de conservação dos equipamentos.



Além disso, é necessário criar atividades relacionadas ao mercado e ao mundo do trabalho, à imagem pessoal, postura profissional e desenvoltura verbal. Propõem-se três etapas: 1) ponto de partida: momento de vida em que o aluno se encontra, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; 2) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; 3) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.



 



Orientações metodológicas específicas para as Unidades Curriculares 2: Cortar e montar peças do vestuário



Recomenda-se que a UC2 e a UC3 sejam ofertadas de forma concomitante para favorecer o entendimento do processo de corte, montagem e costura. Uma primeira peça pode ser cortada, montada e costurada antes do corte da segunda peça.



Ao longo do curso, podem ser planejadas e realizadas visitas técnicas, pesquisas e entrevistas com profissionais, para se aproximarem da área e conhecerem o mercado de trabalho, seus desafios e possibilidades, sem deixar de levar em consideração a experiência e/ou conhecimentos prévios dos alunos como estratégia para a atribuição de significados.



 



Orientações metodológicas específicas para as Unidades Curriculares 3: Realizar procedimentos de costura e acabamento de peças



Recomenda-se a criação de exercícios de acabamento (punho, colarinho, etc.), bem como de traçados para a desenvoltura na operação de máquina de costura (saída, paradas, curvas, cantos e linhas retas), de modo que os alunos demonstrem destreza em seu manuseio.



 



Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 4: Projeto Integrador Costureiro



Para o desenvolvimento do Projeto Integrador, o docente responsável deve apresentar o tema gerador no primeiro contato com os alunos, juntamente com o cronograma de trabalho. Estes, por sua vez, podem validar a proposta, sugerir substituição do tema ou adequação da proposta original, que deve ser analisada e acatada pelo docente.



O Projeto Integrador deve ser desafiador e, portanto, estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades contextualizadas às demais Unidades Curriculares, transcendendo a mera sistematização de informações. Diante disso, é fundamental que o docente responsável pelo desenvolvimento desse projeto promova a interação com os demais docentes do curso, uma vez que todos devem participar do processo. Juntamente com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas.



Considerando que o Projeto Integrador é um dos momentos privilegiados para o docente trabalhar as Marcas Formativas Senac, sugere-se que sejam propostos desafios que favoreçam aos alunos a demonstração do domínio técnico-científico, visão sistêmica e o comportamento investigativo. Assim como devem estimular a autonomia, a criatividade e proatividade nos alunos, contemplando situações de aprendizagem que permitam o trabalho em equipe, no qual irão estabelecer relações interpessoais construtivas.



As propostas do Projeto Integrador devem valorizar diferentes realidades regionais.



Na Proposta 1, é importante que o docente incentive a pesquisa de aspectos culturais, sociais e econômicos da região, por meio de diferentes fontes, para que as soluções retratem as características do lugar, despertando o interesse da comunidade e representando um diferencial para sua comercialização. Da mesma forma, é importante estimular a criatividade dos alunos a partir de desafios que a profissão de costureiro apresenta.



Na Proposta 2, a pesquisa também será importante para a verificação da existência ou não de diferentes níveis de qualidade dos produtos elaborados regionalmente. Recomenda-se que os alunos conheçam a Cadeia Produtiva da Moda para entenderem o processo de produção desde a matéria-prima até a entrega da peça ao consumidor.



É importante estimular reflexões que visem oportunidades de negócio, desenvolvendo ações que contribuam com a inovação da profissão.

De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos:

• Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente.

• Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário.

• Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma.



Forma de expressão dos resultados da avaliação

• Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso).

• As menções adotadas no modelo pedagógico reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.

• De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem:



Menção por indicador de competência

A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:

Durante o processo

• Atendido - A

• Parcialmente atendido - PA

• Não atendido - NA



Ao final da Unidade Curricular

• Atendido - A

• Não atendido - NA



Menção por Unidade Curricular

Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:

• Desenvolvida - D

• Não desenvolvida – ND



Menção para aprovação no curso

Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).

Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.



• Aprovado - AP

• Reprovado - RP



Recuperação

A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.