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Guia de Turismo Especializado em Atrativo Turístico Natural

Guia de Turismo Especializado em Atrativo Turístico Natural

Turma - 2025.11.11

PRESENCIAL

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Ao realizar minha inscrição, declaro ciência de que o Senac AL tratará somente os dados pessoais necessários para realizar meu cadastro e viabilizar o retorno da Instituição com as informações acerca dos cursos de interesse e correlatos.

O turismo é uma atividade econômica em constante crescimento, e os atrativos naturais são um dos principais motivos que levam as pessoas a viajar. No entanto, é necessário que essa atividade seja realizada de forma sustentável, garantindo a preservação dos recursos naturais e culturais envolvidos. Nesse sentido, um curso em especialização em atrativos naturais pode ser uma ferramenta importante para capacitar profissionais que atuam nessa área.



Para que o turismo sustentável seja uma realidade, é importante que todos os envolvidos na atividade, desde os consumidores até os prestadores de serviços, estejam comprometidos com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento das comunidades locais. É preciso buscar um equilíbrio entre os interesses dos consumidores e a conservação dos recursos naturais e culturais, para que o turismo possa ser uma atividade econômica viável e sustentável a longo prazo.



O guia de turismo desempenha um papel importante no turismo sustentável, uma vez que é responsável por orientar os turistas sobre as práticas sustentáveis e as questões ambientais e culturais locais. Ele pode ajudar a minimizar o impacto ambiental do turismo, promovendo práticas conscientes entre os turistas, incentivando a conservação da biodiversidade nos espaços naturais visitados. Além disso, pode ajudar a garantir que os benefícios econômicos do turismo sejam distribuídos de maneira justa entre os participantes.



Para garantir um turismo sustentável, é necessário que haja um equilíbrio entre a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico. Por isso, é importante que os guias de turismo sejam qualificados para atuar de forma responsável e consciente, orientando os visitantes sobre as regras e limitações da área protegida.



Em Alagoas existem 59 Unidades de Conservação Federal e 10 Unidades de Conservação Estadual que colaboram para manter o equilíbrio de áreas distintas relacionadas com a fauna e flora de cada local. É essencial proteger e conservar essas áreas, bem como as espécies em risco de extinção; preservar e restaurar os recursos e os ecossistemas naturais; valorizar a diversidade biológica desses espaços e promover o desenvolvimento sustentável e atividades de caráter científico.



 



Fonte: Portal de Dados Abertos



Entre os maiores receptores de fluxo de turistas em Alagoas estão três áreas naturais protegidas que recebem mais de 500.000 visitantes por ano, que são: o Monumento Natural do São Francisco, as Áreas de Proteção Ambiental Costa dos Corais e de Piaçabuçu, conforme dados abertos publicados no site do ICMBIO (Portal de Dados Abertos, 2023) do Governo Federal[1]



Diante do exposto, fica claro a relevância de qualificarmos profissionais Guias de Turismo em Alagoas para contribuir com informações que possam gerar equilíbrio entre atividades previstas de diversão nos ecossistemas considerados importantes durante visitas e a proteção do meio ambiente visitado. Os turistas precisam entender que a natureza é um recurso valioso que necessita ser respeitado e preservado. Além disso, faz-se necessário abordagem constante aos turistas sobre a valorização da natureza e de como ela é importante para a vida humana.



A lei 6.943 de 2008, que regulamenta o profissional Guia de Turismo em Alagoas cita no Art. 5º, inciso IV, descreve sobre a obrigatoriedade do Guia de Turismo realizar cursos abordando aspectos naturais e humanos dos municípios.



 



Para reforçar o dever de prepararmos constantemente esse profissional, a lei federal 8.623 de 1993 e o decreto federal 946 de 1993, menciona no Art. 4, inciso IV, aponta sobre a possibilidade de sua formação profissional ser condicionada a guia especializado em atrativo turístico - quando suas atividades compreenderem a prestação de informações técnico-especializadas sobre determinado tipo de atrativo natural ou cultural de interesse turístico, na unidade da federação para qual o mesmo se submeteu à formação profissional específica.



Em 2021, o Ministério do Turismo publicou a Portaria Ministerial nº 37, estabelecendo as normas e condições a serem observadas no exercício da atividade de Guia de Turismo. Fica claro no Art. 4º, que para requerer o cadastro na categoria de Guia Especializado em Atrativo Turístico natural ou cultural o interessado deve ser habilitado como Guia de Turismo Regional, em cursos específicos.



Neste sentido, justifica-se a oferta do curso pelo Senac, tendo por objetivo formar profissionais Técnicos em Guia de Turismo em especialistas técnicos de nível médio em Atrativos Naturais habilitados para esse tipo de guiamento, com base em pesquisas e montagem de roteiros socioambientais e sustentáveis encontrados nos destinos turísticas dentro do Estado de Alagoas.



O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com Habilitação Técnica em Guia de Turismo (Guia de Turismo credenciado junto ao Ministério do Turismo) ou Ensino Superior em Turismo, Hotelaria ou áreas afins com experiência profissional em guiamento turístico.



É desejável que os professores possuam experiência de sala de aula e, ainda, recomendável que seja habilitado para a docência em Educação Profissional, conforme previsto nos documentos de regulamentação educacional vigentes.

 



Orientações Metodológicas Específicas



UC 1 – Coletar e organizar informações sobre ambientes naturais e ecológicos



Por meio de pesquisa buscar informações sobre unidades de conservação existentes em Alagoas. Identificar os destinos turísticos ofertados comercialmente em Alagoas contemplando áreas de interesse ecológico. Compreender os conceitos de cenários e tendências do turismo de atrativos naturais. Em visita de campo interpretar a transformação geomorfológica da cidade de Maceió. Realizar visitas técnicas a instituições e empresas que possam contribuir com a coleta de informações referente a ambientes naturais. Dialogar sobre os fatores que influenciam os cenários e tendências do turismo de atrativos naturais. Analisar os efeitos do turismo em atrativos naturais.



UC 2 – Enriquecer a experiência ecológica dos turistas e realizar um atendimento mais personalizado



Visitar comunidade para engajamento comunitário e participação local na conservação, explicando a importância do engajamento comunitário e da participação local na conservação dos atrativos naturais. Incentivar os alunos a pensar em maneiras de promover o engajamento comunitário nos atrativos naturais. Integrar o aluno diante de uma visita técnica (aula de campo) numa área/território que promova o turismo em atrativos naturais. Discutir a importância da acessibilidade nos atrativos naturais, garantindo que pessoas com diferentes habilidades possam desfrutar dos espaços propostos. Estudo de caso sobre impacto ambiental em atrativo natural. Abordar temas como controle de visitação, educação ambiental, envolvimento da comunidade local, uso de tecnologia. Solicitar aos alunos para refletirem sobre o papel de cada um na promoção do turismo responsável contemplando a natureza. Destacar a importância de uma abordagem equilibrada que leve em consideração tanto os benefícios socioeconômicos quanto à preservação ambiental.



UC3 – Prestar informações e orientação socioambiental a turistas sobre ambientes naturais



Apresentar o tema da aula, destacando a importância de prestar informações e orientação socioambiental, explicando que essas informações são fundamentais para uma visitação responsável e para a conservação desses ambientes. Dialogar sobre os critérios e considerações importantes ao selecionar atrativos naturais para roteiros turísticos. Incentivar alunos a refletirem sobre a importância de selecionar atrativos que possam ser visitados de forma responsável e sustentável. Apresentar as normas e regulamentos necessários para uma visitação responsável em ambientes naturais, abordando temas como não retirar materiais da natureza, a proibição de fogo, desmatamento, lixo, etc. Pesquisa de campo para ampliar olhares sobre a oferta turística em ambientes naturais disponíveis no setor, considerando o meio e forma de informação/promoção/divulgação. Promover uma reflexão sobre a importância de seguir normas para manter o equilíbrio durante visita em ambientes naturais. Incentivar alunos a refletirem sobre a importância de um sistema de gestão de segurança para diminuir possiblidade de riscos durante atividades em ambientes naturais.



UC 4 – Desenvolver passeios e atividades pela natureza que sejam mais atraentes



Interpretar o interesse das Unidades de Conservação conciliando possibilidades de atividade em seus espaços. Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo um recurso natural estadual, como um parque, reserva, unidade de conservação ou sítio de interesse turístico. Solicitar a cada grupo que pesquise sobre o recurso designado, identificando suas características, atrativos naturais, atividades permitidas e restrições existentes. Após as apresentações dos recursos naturais estaduais, conduza uma discussão em sala de aula sobre estratégias para desenvolver passeios e atividades que sejam mais atraentes para os visitantes. Promover aula de campo para acompanhar desenvolturas práticas de agentes diversos em ambientes naturais. Incentivar os alunos a pensar em formas de destacar os aspectos únicos de cada recurso natural e criar experiências enriquecedoras. Dialogar sobre a importância de considerar diferentes perfis de visitantes e oferecer atividades diversificadas. Dividir a turma em grupos e peça a cada grupo que selecione um recurso natural estadual para desenvolver um roteiro turístico e atividades atraentes; durante as apresentações, os alunos devem destacar os aspectos mais atraentes e criativos de seus roteiros, explicando como eles promovem uma experiência enriquecedora para os visitantes. Explicar uma forma de enriquecer essas experiências utilizando técnicas de narração de histórias, especialmente aqueles que resgataram as origens da comunidade autóctone e do ambiente. Incentivar a pensar em como utilizar elementos da natureza, como trilhas, paisagens, flora e fauna, para complementar a narrativa. Abordar ferramentas e metodologias comumente utilizadas para monitorar e avaliar os impactos socioambientais em passeios e atividades pela natureza.  Incentivar alunos a pensar em medidas de conservação, gestão de resíduos, educação ambiental, envolvimento da comunidade local e uso responsável dos recursos naturais. Apresentar diferentes estratégias e atividades que podem ser criadas à caracterização do segmento da trilha, como a interpretação ambiental, atividades interativas, estações temáticas, observação da fauna e flora, entre outras. Apresentar diferentes estratégias de promoção que podem ser utilizadas para atrair visitantes, como a criação de conteúdo atrativo, a utilização de mídias sociais, a parceria com agências de turismo, a participação em feiras e eventos, entre outros.



UC 5 – Conduzir e oferecer assistência a visitantes em ambientes naturais



Apresentar principais orientações que devem ser fornecidas aos visitantes antes das atividades em ambiente natural, como informações sobre segurança, comportamento responsável e equipamentos necessários. Explicar a importância de um checklist de itens essenciais, que deve incluir equipamentos de segurança, alimentos e água, roupas adequadas, protetor solar, repelente de insetos, entre outros. Abordar as melhores práticas de condução de grupos em ambientes naturais, como manter-se sempre na frente do grupo, manter contato visual e auditivo, dar informações relevantes sobre o ambiente, entre outros. Discuta a importância de adaptar a condução de acordo com as características do grupo, como idade, nível de oferta física e interesse.  Discutir a importância da inclusão social e acessibilidade nos atrativos naturais, destacando que todas as pessoas têm o direito de desfrutar e ter acesso a esses espaços. Visita técnica para exercitar condução e assistência a visitante em ambientes naturais. Apresentar aos alunos estratégias e boas práticas para promover a inclusão e acessibilidade nos atrativos naturais, como a adaptação de trilhas e infraestrutura, a disponibilização de recursos de comunicação acessíveis, a formação de equipes sensíveis às necessidades dos visitantes. Explorar os benefícios da inclusão e acessibilidade, como a promoção da igualdade de oportunidades, a experiência do público visitante e a valorização da diversidade. Dialogar sobre vantagens e desafios de cada estratégia de integração e como elas podem ser aplicadas em ambientes naturais. Discuta com os alunos as possíveis intercorrências que podem ocorrer durante uma viagem e visitação aos atrativos naturais, como mudanças climáticas, acidentes, perda de equipamentos e desaparecimento. Explore a importância de estar preparado para lidar com essas intercorrências e como elas podem ser antecipadas ou minimizadas. Apresentar aos alunos os equipamentos essenciais para uma viagem em ambiente natural, como roupas adequadas, calçados apropriados, equipamentos de segurança (como coletes salva-vidas ou capacetes), utensílios de camping, entre outros.



Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular 6: Projeto Integrador



Recomenda-se que o docente responsável apresente o tema gerador no primeiro contato com os alunos. Estes, por sua vez, devem validar a proposta, podendo sugerir modificação ou inclusão, a ser acatada pelos docentes, quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador tem como princípio ser desafiador, portanto deve estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações já trabalhadas durante as demais unidades curriculares. Junto com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas.



Recomenda-se priorizar pesquisas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas de mercado, entre outras estratégias. Entretanto, quando não for possível a vivência em ambiente real de trabalho, sugere-se a utilização de situações-problema presentes em vídeos, reportagens e casos fictícios baseados na realidade. As atividades desenvolvidas no decorrer das competências podem servir de subsídio para o desenvolvimento do projeto.



É fundamental que o docente responsável pelo Projeto Integrador atue de forma articulada com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as contribuições de cada Unidade Curricular para sua realização. Além disso, todos os docentes do curso devem participar da elaboração, execução e apresentação de seus resultados parciais e finais.



Durante o desenvolvimento do projeto, os docentes devem acompanhar as entregas parciais conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas.



No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das respostas aos desafios gerados. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos, quanto na forma de apresentação desses resultados. Considerando que o Projeto Integrador é um espaço privilegiado para explorar as marcas formativas do Senac, recomenda-se que, durante a sua execução, os docentes propiciem desafios que permitam aos alunos desenvolve-las.



Por fim, tendo em vista que a natureza dessa ocupação traz em seu perfil profissional questões comportamentais e valorativas fundamentais e indubitáveis, somado ao entendimento de que cuidar está além da execução de determinada ação com excelência, o Projeto Integrador torna-se um espaço propício para que o docente explore tais questões e estimule a auto avaliação nos alunos.

De forma coerente com os princípios pedagógicos da instituição, a avaliação tem como propósitos:







  • Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente.


  • Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário.


  • Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma.






 





8.1. Forma de expressão dos resultados da avaliação:







  • Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso).


  • As menções adotadas no modelo pedagógico nacional reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.


  • De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem:






8.1.1. Menção por indicador de competência





A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:





 





Durante o processo







  • Atendido - A


  • Parcialmente atendido - PA


  • Não atendido - NA






 





Ao final da Unidade Curricular







  • Atendido - A


  • Não atendido - NA






 





8.1.2. Menção por Unidade Curricular





Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:







  • Desenvolvida - D


  • Não desenvolvida – ND






 





8.1.3. Menção para aprovação no curso





Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).





Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75% em todas as Unidades Curriculares, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.







  • Aprovado - AP


  • Reprovado - RP






8.2. Recuperação:





A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.