Modelista

Turma - 2025.2.93
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Justificativa
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit), o Brasil possui a maior cadeia produtiva integrada do Ocidente, produzindo das fibras às confecções. Emprega aproximadamente 1,7 milhão de pessoas, o que representa, respectivamente, 13,15% dos postos de trabalho e cerca de 5,7% do valor total da produção industrial de transformação , . Segundo a empresa especializada em pesquisas para o setor têxtil, Gherzi , em 2020, o mercado global de têxteis e confecções deve atingir US$ 1,7 trilhão contra US$ 1,5 trilhão, em 2014. A projeção mostra aumento do consumo per capita de fibras têxteis e de roupas, especialmente nos países emergentes. As empresas do setor têxtil e de confecção no Brasil estão distribuídas em toda a sua extensão, em algumas regiões mais concentradas e identificadas como polos têxteis. O crescimento da população, bem como a clara relação com o crescimento do PIB aumentou o consumo de fibras têxteis em 13%, desde a década de 1970. Em sintonia com o crescimento da indústria está o varejo de moda no Brasil, que deve crescer de 1% a 2% ao ano, nos próximos anos .
As perspectivas de desenvolvimento e crescimento do setor diante de um cenário econômico e político incerto, que ora recua, ora avança, reforça a importância de prepararmos o setor produtivo nacional com qualidade, para favorecer seu crescimento, além de suprir uma defasagem deste profissional no mercado de trabalho.
Na cadeia produtiva, o Modelista é o profissional que faz a ligação entre os setores de criação e produção das peças do vestuário. A partir dos seus conhecimentos e da habilidade de interpretação dos modelos, desenvolve modelagens para peças do vestuário com estruturas que primam pela vestibilidade e beleza. Nos ateliês, produz peças sob medida para os consumidores. No mercado profissional, são valorizados os profissionais críticos, focados na excelência de caimento e vestibilidade da roupa. Pode, ainda, exercer o ofício sem sair de casa ou atender a domicílio. Para quem pretende ingressar na profissão ou já está atuando é, portanto, imprescindível investir em qualificação, uma vez que, além das técnicas de modelagens, é necessário se relacionar com clientes e fornecedores, visando atender a diferentes demandas, com foco em resultados, com qualidade e sustentabilidade.
Perfil do Pessoal, Docente e Técnico
O desenvolvimento dessa oferta requer docente com experiência profissional comprovada na área de modelagem de vestuário feminino e masculino, com formação em nível médio e/ou superior na área de moda, como Design de Moda (Estilismo e Modelagem), Especialização em Modelagem, ou, ainda, Técnico de Nível Médio em Modelagem, com experiência de, no mínimo, 6 meses na área de Modelagem e Costura, preferencialmente com experiência em docência.
Orientações Metodológicas
As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo, que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e permite desenvolvimento contínuo.
As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, ficando o aluno diante de situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e solução de questões inerentes à natureza da ocupação.
A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem patamares crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e o contexto da ocupação.
As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras Unidades Curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazos, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.
Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento.
No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos).
Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.
No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve, ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação com o contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido.
O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho.
Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências.
Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer.
Orientações metodológicas específicas por Unidade Curricular
UC 1: Projetar e modelar peças do vestuário feminino e masculino
Para o desenvolvimento da UC 1, o docente deverá promover situações de aprendizagem que considerem a realidade da profissão do Modelista e privilegiem a demonstração, a contextualização e a realização de procedimentos de modelagens para os públicos feminino e masculino. Tais como: possibilitar ao educando realizar pesquisas em diferentes fontes, participar de palestras, workshops, contatar com especialistas da área, realizar visitas técnicas, participar de eventos, desfiles, feiras de moda e de atividades que caracterizam o curso.
UC 2: Adequar e montar modelagens femininas e masculinas
Na UC 2, é importante que o docente incentive a pesquisa histórica e a evolução das formas do vestuário, partindo de estudos relacionados às estruturas das modelagens do passado, como estão sendo desenvolvidas no presente e possibilidades de inovações futuras. Alguns exemplos: promover situações de aprendizagem que privilegiem a demonstração, a contextualização e a realização de procedimentos de montagens de peças dos vestuários feminino e masculino em diferentes processos (manual ou em máquinas), fazer uso dos manequins para análise da vestibilidade e realização dos ajustes necessários.
UC 3: Realizar gradação de moldes feminino e masculino
Nessa UC, o docente poderá propor atividades de pesquisa sobre medidas corporais relacionadas ao vestuário e a estudos sobre as medidas utilizadas por diferentes marcas. Promover debate sobre a diversidade de medidas no vestuário e as consequências dessa falta de padronização são algumas sugestões.
UC 4: Projeto Integrador Modelista
O docente responsável pelo Projeto Integrador (PI) apresentará as propostas de temas geradores e o cronograma de trabalho, preferencialmente na primeira semana de realização do curso. Os alunos podem escolher e validar, em conjunto com o docente, uma das propostas, sugerir um novo tema ou adequar o existente.
É fundamental que o docente responsável pelo PI promova a interação dos docentes do curso, envolvendo-os no processo de realização. Para tanto, é necessário firmar um contrato didático em torno do cronograma de trabalho e dos prazos para entrega. O PI deve ser desafiador, estimulando a pesquisa e a investigação de realidades diferentes e contextualizadas. Deve ainda superar a mera transmissão de informações, realizando a integração das competências e identificando as contribuições que as Unidades Curriculares oferecem para o projeto.
O PI é, ainda, uma excelente oportunidade para o desenvolvimento das Marcas Formativas Senac. Portanto, deseja-se que o docente formule propostas desafiadoras, nas quais os alunos demonstrem domínio técnico-científico, visão sistêmica e investigativa. Além do desenvolvimento da criatividade, autonomia e proatividade individual, bem como a capacidade de trabalhar em equipe, estabelecendo relações interpessoais baseadas em atitudes de sustentabilidade e de relações colaborativas, solidárias, inclusivas e comunicativas.
A proposta 1 do PI deve valorizar diferentes culturas a partir da modelagem de peças. É importante o incentivo do docente para a pesquisa dos aspectos culturais, sociais e econômicos da região e como a modelagem retrata esses elementos. Daí a necessidade de os alunos investigarem e analisarem o passado, o presente e o futuro da moda para o desenvolvimento de produtos e atitudes que os diferenciem no mercado de trabalho.
Quanto à proposta 2, a tônica é o atendimento personalizado. Para entender as características e a evolução desse tipo de serviço no mercado, a pesquisa é fundamental. O desafio para a criação de um ateliê, fictício ou não, exige grande dose de criatividade dos alunos para se posicionarem no mercado e atrair clientes. Recomenda-se ao docente que promova, para além das pesquisas, visitas técnicas, entrevistas, palestras, mesas-redondas, com diversos profissionais deste segmento para a obtenção de informações, conhecimentos e experiências como empreendedores.
Recomenda-se, ainda, verificar a oferta de outros cursos que possam trabalhar em parceria com o Modelista, tais como: Costureiro, Desenhista de Moda e Produção de Moda.
Avaliação
De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos:
• ser diagnóstica: averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu domínio de competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente;
• ser formativa: acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar à outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário;
• ser somativa: atestar o rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se ele está apto a receber seu certificado ou diploma.
1. Forma de expressão dos resultados da avaliação
Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso).
As menções adotadas no Modelo Pedagógico Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.
De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem.
1.1. Menção por indicador de competência
A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:
Durante o processo
• Atendido - A
• Parcialmente atendido - PA
• Não atendido - NA
Ao término da Unidade Curricular
• Atendido - A
• Não atendido - NA
1.2. Menção por Unidade Curricular
Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na Unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:
• Desenvolvida - D
• Não desenvolvida – ND
1.3. Menção para aprovação no curso
Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolvida) em todas as Unidades Curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).
Além da menção D (desenvolvida), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.
• Aprovado - AP
• Reprovado - RP
2. Recuperação
A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.