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Cuidador Infantil

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Turma - 2025.2.278

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Toda criança necessita de uma atenção especial no período de 0 a 10 anos2 quando as experiências e os cuidados influenciarão diretamente seu desenvolvimento. Nesta fase de descobertas e interação com o mundo, surge a base que a sustentará, formando, assim, um ser humano saudável.

Num passado recente, cabia a família tradicional os cuidados com este ser, assim como sua formação social. Mas, devido às profundas mudanças marcadas por transformações de ordem econômica, tecnológica, científica e social, este cenário vem mudando em velocidade acelerada. Com o aparecimento de novos modelos de família e a inserção de aproximadamente 60% das mulheres em fase reprodutiva no mercado de trabalho, conforme apontado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (BRASIL, 2013)3, surgem novas composições que alteram as estruturas e regras internas em relação às organizações familiares tradicionais, trazendo uma carga diversificada de demandas, entre elas, o apoio profissional qualificado no cuidado e criação dos filhos.

Este cenário leva a busca de caminhos alternativos para garantia destes cuidados. Consequentemente, uma nova delimitação dos papeis e responsabilidades da família e das instituições é definida para o crescimento e desenvolvimento de seus filhos. Cada vez mais a presença de um terceiro elemento se faz necessário e este deve estar qualificado a reconhecer a dinâmica familiar e institucional, compreender e acompanhar as mudanças físicas, cognitivas e psicoafetivas de suas crianças, atender as necessidades advindas de todo esse processo e se possível, propor novos métodos e recursos que venham a melhorar esse cuidado, levando a vivências positivas e afetuosas com o cuidador.

A nova ordem social, econômica e cultural, vem alterando o perfil das crianças, demandando dos pais e/ou instituições de assistência e ensino novos compromissos com seu desenvolvimento e exigindo dos profissionais que atuarão neste mercado uma qualificação laboral correspondente às necessidades atuais.

O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com experiência profissional no cuidado infantil e bacharelado e/ou licenciatura na área de Saúde, Serviço Social ou Psicologia, preferencialmente com especialização em Pediatria.

As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo.
As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação.
A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação.
As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.
Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento. 
No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos).
Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.
No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação ao contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido.
O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho. 
Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências. 
Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer.   

Orientações metodológicas específicas para a Unidade Curricular:
UC1: Auxiliar no desenvolvimento, autonomia e independência da criança.
Para esta UC, que tem foco nos aspectos sociais, de convivência, de crescimento e desenvolvimento, bem como na promoção da independência e autonomia das crianças de acordo com a faixa etária, recomenda-se o planejamento de situações de aprendizagem que favoreçam a vivência dos fazeres profissionais voltados à prática do Cuidador, dentro de seus limites de atuação, respeitando os direitos da criança, os valores, orientação da família e equipe multiprofissional, pautando-se:
−    Nas questões comportamentais e valorativas, extremamente relevantes a essa ocupação para que o Cuidador se reconheça como elo entre a criança, a família, a sociedade e equipe multiprofissional; 
−    Acompanhamento da criança nas suas atividades de vida diária;
−    Acompanhamento e inserção da criança nas políticas sociais e de saúde;
−    Realização de atividades não terapêuticas de lazer e de ocupação do tempo livre, adequadas ao interesse da criança; 
−    Sugestão de adaptações no ambiente físico estrutural contemplando as questões de mobilidade, saúde, segurança e demais necessidades apresentadas conforme a faixa etária e de desenvolvimento; 
−    Identificação, prevenção, comunicação e busca de auxilio em situações de risco de vulnerabilidade física, psicológica e social.
Para tal, podem ser propostas atividades como pesquisas, estudos de situações-problema, simulações (inclusive relacionadas ao brincar), dinâmicas de grupos, desenvolvimento de ações socioeducativas, visitas técnicas em espaços de lazer públicos e instituições de assistência e de educação infantil, com o objetivo de identificar adaptações e possibilidades de inclusão da criança em atividades de ocupação do tempo livre, minimizando os fatores de risco, estimulando o desenvolvimento, a independência e autonomia. Também podem ser exibidos documentários e veiculados materiais de pesquisa para discussões sobre o processo de crescimento e desenvolvimento, políticas públicas e estudos de casos visando a discussão das atribuições do Cuidador e seu papel na equipe multiprofissional. Sugere-se entrevistas com profissionais da área para identificar procedimentos, formas de encaminhamentos, além de mitos e estereótipos que impactam nas atividades de vida diária da criança.

UC2: Prestar cuidados de higiene, bem-estar e primeiros socorros à criança
Para esta UC, que tem foco nas questões relacionadas à higiene, saúde, bem-estar, segurança e ação de primeiros socorros à criança de acordo com a faixa etária, recomenda-se que sejam planejadas situações de aprendizagem que remetam à vivência dos fazeres profissionais voltados aos cuidados, acompanhamento e prevenção de doenças, considerando os limites de atuação do Cuidador, como:
−    Auxilio nas atividades de vida diária relativos a higiene e bem-estar de acordo com as fases de desenvolvimento da criança, orientação familiar e da equipe multiprofissional;
−    Auxílio na alimentação de acordo com as necessidades e preferências da criança, orientação da família e equipe multiprofissional;
−    Acompanhamento do estado de saúde da criança;
−    Prevenção de acidentes na infância de acordo com a faixa etária;
−    Prestação de cuidados de primeiros socorros, acionando a rede de assistência de acordo com cada situação;
−    Registro da rotina e ocorrências da criança.
Para tal, recomenda-se que o docente demonstre os fazeres referentes aos cuidados desta UC e que os alunos os simulem, utilizando manequins específicos para esta finalidade, além de propor atividades como estudos de situações-problema, pesquisas, discussão de vídeos, palestras com profissionais e representantes comerciais para demonstração de equipamentos, materiais e tecnologias assistivas. Podem ser incluídas visitas técnicas a centros assistenciais e educacionais estimulando o voluntariado aos alunos para realizar atividades com as crianças.
É importante salientar a necessidade de o docente constantemente explorar o reconhecimento dos limites de atuação do cuidador em relação aos diversos atores da equipe multiprofissional de saúde que acompanham a criança. 
Da mesma forma que na UC1, as questões comportamentais e valorativas podem ser exploradas em atividades como estudos de situações-problema, simulações, dinâmicas de grupo, palestras com profissionais da área e desenvolvimentos de ações socioeducativas.  

UC3: Projeto Integrador Cuidador Infantil
Recomenda-se que o docente responsável apresente o tema gerador no primeiro contato com os alunos. Estes, por sua vez, devem validar a proposta, podendo sugerir modificação ou inclusão, a ser acatada pelos docentes, quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador tem como princípio ser desafiador, portanto deve estimular a pesquisa e a investigação de outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações já trabalhadas durante as demais unidades curriculares. Junto com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas.
Recomenda-se priorizar pesquisas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas de mercado, entre outras estratégias. Entretanto, quando não for possível a vivência em ambiente real de trabalho, sugere-se a utilização de situações-problema presentes em vídeos, reportagens e casos fictícios baseados na realidade. As atividades desenvolvidas no decorrer das competências podem servir de subsídio para o desenvolvimento do projeto. 
É fundamental que o docente responsável pelo Projeto Integrador atue de forma articulada com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as contribuições de cada Unidade Curricular para sua realização. Além disso, todos os docentes do curso devem participar da elaboração, execução e apresentação de seus resultados parciais e finais.
Durante o desenvolvimento do projeto, os docentes devem acompanhar as entregas parciais conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas.
No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das respostas aos desafios gerados. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos, quanto na forma de apresentação desses resultados. Considerando que o Projeto Integrador é um espaço privilegiado para explorar as marcas formativas do Senac, recomenda-se que, durante a sua execução, os docentes propiciem desafios que permitam aos alunos desenvolve-las.
Por fim, tendo em vista que a natureza dessa ocupação traz em seu perfil profissional questões comportamentais e valorativas fundamentais e indubitáveis, somado ao entendimento de que cuidar está além da execução de determinada ação com excelência, o Projeto Integrador torna-se um espaço propício para que o docente explore tais questões e estimule a auto avaliação nos alunos.

De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos:

• Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente.

• Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações, se necessário.

• Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma.

 

Forma de expressão dos resultados da avaliação

• Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso).

• As menções adotadas no modelo pedagógico reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade do processo avaliativo.

• De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem:

 

Menção por indicador de competência

A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são:

 

Durante o processo

• Atendido - A

• Parcialmente atendido - PA

• Não atendido - NA

Ao final da Unidade Curricular

• Atendido - A

• Não atendido - NA

 

Menção por Unidade Curricular

Ao término de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional, Prática Integrada ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores

não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:

• Desenvolvida - D

• Não desenvolvida – ND

 

Menção para aprovação no curso

Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).

Além da menção D (desenvolveu), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.

• Aprovado - AP

• Reprovado - RP

 

Recuperação

A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.

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