As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo.
As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno diante de situações de aprendizagem que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação.
A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e o contexto da ocupação.
As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma concomitante ao desenvolvimento das Marcas Formativas Colaboração e Comunicação, Visão Crítica, Criatividade e Atitude Empreendedora. Recomenda-se que o tema seja abordado no início das primeiras Unidades Curriculares do curso e revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que apresenta e histórico profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.
Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes de atuar em seu segmento.
No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador (UCPI), recomenda-se que o docente apresente aos alunos o tema gerador da UCPI na primeira semana do curso, possibilitando aos mesmos modificar e/ou substituir a proposta inicial. Para a execução da UCPI o docente deve atentar para as fases que a compõem: a) problematização (detalhamento do tema gerador); b) desenvolvimento (elaboração das estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização) e; c) síntese (organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos).
Ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.
No tocante à apresentação dos resultados o docente deve retomar a reflexão sobre a articulação das competências do perfil profissional e o desenvolvimento das Marcas Formativas, correlacionando-os ao fazer profissional. Deve ainda, incitar o compartilhamento dos resultados do Projeto Integrador com todos os alunos e a equipe pedagógica, zelando para que a apresentação estabeleça uma aproximação ao contexto profissional. Caso o resultado não atenda aos objetivos iniciais do planejamento, não há necessidade de novas entregas, mas o docente deve propor que os alunos reflitam sobre todo o processo de aprendizagem com intuito de verificar o que acarretou o resultado obtido.
O domínio técnico-científico, a visão crítica, a colaboração e comunicação, a criatividade e atitude empreendedora, a autonomia digital e a atitude sustentável são Marcas Formativas a serem evidenciadas ao longo de todo o curso. Elas reúnem uma série de atributos que são desenvolvidos e/ou aprimorados por meio das experiências de aprendizagem vivenciadas pelos alunos, e têm como função qualificar e diferenciar o perfil profissional do egresso no mercado de trabalho.
Nessa perspectiva, compete à equipe pedagógica identificar os elementos de cada UC que contribuem para o trabalho com as marcas. Dessa forma, elas podem ser abordadas com a devida ênfase nas unidades curriculares, a depender da proposta e do escopo das competências.
Portanto, trata-se de um compromisso educacional promover, de forma combinada, tanto o desenvolvimento das competências como das Marcas Formativas, com atenção especial às possibilidades que o Projeto Integrador pode oferecer.
Orientações metodológicas específicas por Unidade Curricular
UC 1: Desenvolver sistemas de informação
Sugere-se que nesta UC o docente mobilize atividades para simulação da realidade de trabalho da etapa de especificação e planejamento da programação, promovendo metodologias como reunião de brainstorm; jogos de raciocínio lógico; entrevistas com profissionais de TI; práticas em laboratório; visita técnica a empresas locais de desenvolvimento de software; pesquisas, incentivando o comportamento investigativo; eventos do segmento, Análise de Caso de Uso, casos reais entre outras. É possível elaborar e testar algoritmos utilizando aplicativos disponíveis como Portugol Studio (Disponível em: http://lite.acad.univali.br/pt/portugol-studio/. Acesso em 22 de ago. 2019), VisualG (Disponível em: http://visualg3.com.br/baixar-o-visualg3-0/. Acesso em 22 de ago. 2019), entre outros. Atividades de raciocínio lógico também poderão ser realizadas com code.org (Disponível em: https://code.org/. Acesso em: 22 de ago. 2019), assim como o de Scratch Brasil (Disponível em:http://www.scratchbrasil.net.br. Acesso em 22 de ago. 2019). Outra possibilidade para apoio a gestão de projetos é o Programaê! (Disponível em:http://programae.org.br/horadocodigo. Acesso em 22 de ago. 2019).
Importante: Destacamos como fundamental variar grupos em aula, estimulando o trabalho colaborativo com estilos e ritmos diferentes, trazendo as demandas do mundo do trabalho.
UC 2: Implementar banco de dados
Recomenda-se mobilizar metodologias ativas conforme já indicado na UC1, com ênfase nas atividades voltadas ao Banco de Dados, como entrevista com Administradores de Banco de Dados; Visita técnica a empresas locais; Análise de Casos de Uso, entre outras. Na mesma perspectiva de trazer as situações reais em aula, propõe-se realizar a construção das tabelas em um SGBD, definindo seus atributos, tipo de dados e chaves primárias e estrangeiras, assim como criar conexão com banco de dados e construir um CRUD.
Importante: Destacamos como fundamental variar grupos em aula, estimulando o trabalho colaborativo com estilos e ritmos diferentes, trazendo as demandas do mundo do trabalho.
UC 3: Realizar testes e manutenção do sistema de informação
Esta etapa demanda pesquisa e muita prática, onde sugere-se utilizar diferentes softwares, conforme a linguagem adotada, para a realização de testes, desde identificar e corrigir erros na aplicação, efetuar controle de versão da aplicação e até mesmo analisar/documentar processos de desenvolvimento/manutenção da aplicação.
Importante: Destacamos como fundamental variar grupos em aula, estimulando o trabalho colaborativo com estilos e ritmos diferentes, trazendo as demandas do mundo do trabalho.
UC4:Projeto Integrador Programador de Sistemas
Para o desenvolvimento do Tema Gerador, indica-se em todas as etapas, pesquisa, entrevista, documentação e desenvolvimento, em equipes, de um sistema de informação voltado a necessidade real de uma empresa, ou de uma situação problema.